terça-feira, 22 de abril de 2014

Mergulhando na Mitologia Nórdica - Odd e os Gigantes de Gelo


Mergulhe nessa aventura da Mitologia Nórdica com Odin, Thor, Loki, Odd e os Gigantes de Gelo

Já li muitos livros sobre Mitologia Grega e Egípcia, e sempre achei que a Mitologia Nórdica era deixada de lado nesse ponto. Ou eu não conhecia bons livros que falassem de Odin, Loki, Thor, Heimdall e cia.

É lógico que clássicos como a trilogia O Senhor dos Anéis e os demais livros de Tolkien, assim como As Crônicas de Narnia e O Código Élfico têm suas bases na Mitoligia Nórdica, mas eu gostaria de ler algo que trouxesse um pouco dos deuses, anões e gigantes de gelo para a Literatura Fantástica.

Navegando na web, descobri que Rick Riordan pretende escrever uma série baseada em Mitologia Nórdica, e já comecei a ficar louco imaginando um crossover de Percy Jackson, Os Heróis do Olimpo, Carter e Sadie Kane e os personagens nórdicos que o mestre da mitologia pretende criar.

Rick Riordan fala sobre a trilogia baseada na mitologia nordica - Blog Burn Book

Enfim, andando ontem pela livraria Saraiva aqui em São José dos Campos, encontrei um livro de 126 páginas escrito por Neil Gaiman (autor de Coraline e O Mistério das Estrelas, que viraram filme), baseado na aclamada Mitologia Nórdica, lançado pela Editora Rocco.

Odd e os Gigantes de Gelo traz a história de Odd, um menino simples de um vilarejo viking. Órfão de pai, Odd não consegue usar uma das pernas depois de um acidente envolvendo um machado muito pesado e uma arvore muito grande.

Como não consegue viver na casa de seu Padrasto, Odd volta sozinho para a casa onde vivia com seu pai e sua mãe, no meio de uma floresta. É quando ele encontra os deuses Thor, Odin e Loki em formas um tanto... diferentes. Odd sai então em uma missão com o objetivo de devolver aos deuses de Asgard seu reino, tomado por um poderoso gigante de gelo de maneira... excentrica, e assim, fazer findar o eterno inverno que cai sobre seu lar.






Mais infantil do que eu esperava, é um livro bacana e gostoso de ler. Sem muitas complicações mitológicas (já que é voltado para crianças), é recheado de menções à vários contos nórdicos, como "a construção da muralha de Asgard" e "o rapto de Mjollnir". 

Se você é fã de deuses nórdicos, vale a pena ler. É uma leitura rápida, mas agradável no meu ponto de vista.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Entrevista - Eduardo Spohr no Jô Soares


Entrevista do autor Eduardo Spohr no programa do Jô Soares, falando sobre seu livro A Batalha do Apocalipse.

Parte 1



Parte 2

Livros para ler em dezembro/janeiro

Um pouco afastado do Literatura Fantástica Brasil a algumas semanas... estava dando um foco extra no blog O Universo Fantástico. Mas isso não me afastou da leitura. Esta semana terminei de reler A marca de Atena e A casa de Hades, da série Os Heróis do Olimpo, de Rick Riordan.

No momento estou relendo Fios de Prata, de um dos maiores autores de Literatura Fantástica Brasileira., Rafael Dracon, autor da aclamada série Dragons de Éter, que minha esposa me presenteou e está pra chegar na próxima semana.

Site oficial: Dragões de Éter

Capas dos livros da trilogia Dragões de Éter - Círculos de chuva - Caçadores de Bruxa - Corações de neve




Este vídeo da batalha do campeão do reino de Arzallum contra o campeão dos gigantes, na guerra do livro 3 é incrível

Sinopse de Dragões de Éter

Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltam contra as antigas raças. E assim nasce a Era Antiga.

Hoje, Arzallum, o Maior dos Reinos, tem um novo Rei e vive a esperada Era Nova.

Coisas estranhas, entretanto, nunca param de acontecer...


Dois irmãos sobreviventes a uma ligação com antigos laços de magia negra descobrem que laços dessa natureza não se rompem tão facilmente e cobram partes da alma como preço. 


Uma sociedade secreta renascida com um exército de órfãos resolve seguir em frente em um plano com tudo para dar errado em busca do maior tesouro já enterrado, sem saber o quanto isso pode mudar a humanidade. 

O último príncipe de Arzallum viaja para um casamento forçado em uma terra que ele nem mesmo sabe se é possível existir, disposto a realizar um feito que ele não sabe se é possível realizar. 

Uma adolescente desperta em iniciações espirituais descobre-se uma mediadora com forças além do imaginário.

E um menino de cinco anos escala uma maldita árvore que o leva aos Reinos Superiores, ferindo tratados políticos, e dando início à Primeira Guerra Mundial de Nova Ether.

E mostrará que o mundo nunca para de mudar.




Outra série que minha esposa comprou, junto com Dragões de Éter foi Assassin's Creed, de Oliver Bowden. Por enquanto tenho o Box com os três primeiros volumes e o livro 4.


Sinopse de Assassin's Creed

Assassin's Creed: Renaissance

 É o primeiro livro baseado na série Assassin's Creed, escrito por Oliver Bowden e publicado pela Penguin Books, em janeiro de 2009. Se trata de uma versão literária do jogo Assasssin's Creed II, mas, ao invés de estender por um bom período de tempo o livro se passa somente no século XV, sem menção ao eventos do presente do jogo. Em março de 2011, a editora Galera Record publicou o livro no Brasil, sob o nome de Assassin's Creed: Renascença.


Assassin's Creed: Brotherhood


É o segundo livro baseado na série Assassin's Creed, escrito por Oliver Bowden e é uma continuação de "Renascença". Foi publicado pela Penguin Books em fevereiro de 2010 e, assim como o livro anterior, se trata de uma versão literária do jogo Assassin's Creed: Brotherhood. Também como o anterior, não há menção sobre os eventos vividos por Desmond no presente, somente uma referência sobre um "fantasma" feito por Ezio. Diferentemente dos eventos do jogo, que começaram em 1499, a trama do livro começa em 1503. Assim como o anterior, a editora Galera Record publicou o livro aqui no Brasil sob o título de Assassin's Creed: Irmandade, e foi lançado em março de 2012.

Assassin's Creed: The Secret Crusade

 

É o terceiro livro baseado na série Assassin's Creed, escrito por Oliver Bowden e é uma continuação de "Brotherhood". Foi publicado pela Penguin Books em junho de 2011. A história é narrada por Niccolo Polo, pai do explorador Marco Polo. A história é sobre a vida de Altaïr ibn la-Ahad. A editora Galera Record publicou o livro no Brasil em agosto de 2012 com o nome de Assassin's Creed: A Cruzada Secreta.

Assassin's Creed: Revelations

 

É o quarto livro da série Assassin's Creed escrita por Oliver Bowden e é uma continuação de "The Secret Crusade". Foi publicado pela editora Penguin Books em maio de 2012. Assim como Renaissance e Brotherhood, Revelations é uma versão literária de jogo Assassin's Creed: Revelations. Igualmente os outros livros, não contém nenhum dos eventos do presente incluindo Desmond. Como no jogo, Ezio tem que deixar sua vida para trás em busca de respostas, em busca da verdade. Em Assassin's Creed Revelations, o agora Mestre Assassino Ezio Auditore segue os passos do seu lendário mentor, Altair, numa jornada de descobertas e revelações. É um caminho perigoso - um caminho que levará Ezio à Constantinopla, as encruzilhadas do mundo, o coração do Império Otomano, onde um exército crescente de Templários ameaça a desestabilizar a região. A editora Galera Record publicou o livro no Brasil em abril de 2013 com o nome de Assassin's Creed: Revelações.

Assassin's Creed: Forsaken

 

É o quinto livro da série Assassin's Creed, escrita por Oliver Bowden. Conta a história do jogo centrado na Revolução Americana. Drama vivido por Connor Kenway. No Brasil, a editora Galera Record publicou o livro em novembro de 2012 com o nome de Assassin's Creed: Renegado.

Assassin's Creed: Black Flag

 

É a mais recente novelização inspirada na franquia de games Assassin's Creed. Escrito por Oliver Bowden, o sexto livro começa em 1715 e conta a história de Edward Kenway, um notável pirata e corsário que viveu na Era Dourada dos Piratas. Ele é o pai de Haytham Kenway e avô e Ratonhnhaké:ton (Connor Kenway), personagens apresentados aos leitores em Assassin's Creed: Renegado. Assassin's Creed: Bandeira Negra mistura exploração naval com combate e aventuras, tanto em terra quanto no mar das Caraíbas.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Guia Mitológico: Gaia, a mãe de todos os deuses

Gaia, Géia, Gea ou Gê é a deusa da Terra, a Mãe Terra, como elemento primordial e latente de uma potencialidade geradora quase absurda. Segundo Hesíodo, no princípio surge o Caos, e do Caos nascem Gaia, Tártaro, Eros (o amor), Érebo e Nix (a noite).

 Gaia, deusa da terra

Gaia gera sozinha Urano, Ponto e as Óreas (as montanhas). Ela gerou Urano, seu igual, com o desejo de ter alguém que a cobrisse completamente, e para que houvesse um lar eterno para os deuses "bem-aventurados".

 Urano, deus dos céus

Com Urano, Gaia gerou os 12 Titãs: Oceano, Céos, Crio, Hiperião, Jápeto, Teia, Reia, Têmis, Mnemosine, a coroada de ouro Febe e a amada Tétis; por fim nasceu Cronos, o mais novo e mais terrível dos seus filhos, que odiava a luxúria do seu pai.

 Os doze Titãs, filhos de Gaia

Após, Urano e Gaia geraram os Ciclopes Ancestrais(Arges, Brontes, Estéropes) e os Hecatônquiros - Gigantes de cem mãos e cinquenta cabeças, também chamados de Centímanos - (Briareu, Giges e Coto). Sendo Urano capaz de prever o futuro, temeu o poder de filhos tão grandes e poderosos e os encerrou novamente no útero de Gaia. Ela, que gemia com dores atrozes sem poder parir, chamou seus filhos Titãs e pediu auxílio para libertar os irmãos e se vingar do pai. Somente Cronos aceitou. Gaia então tirou do peito o aço e fez a foice dentada. Colocou-a na mão de Cronos e os escondeu, para que, quando viesse Urano, durante a noite não percebesse sua presença.

Ao descer, Urano, para se unir mais uma vez com a esposa, foi surpreendido por Cronos, que atacou-o e castrou-o, separando assim o Céu e a Terra. Cronos lançou os testículos de Urano ao mar, mas algumas gotas caíram sobre a terra, fecundando-a. Do sangue de Urano derramado sobre Gaia, nasceram os Gigantes (Alcioneu, Athos, Clítias, Encélado e Equionte), as Erínias - Fúrias (Alecto, Megera e Tisífone) e as Melíades (Ide, Andrastéia, Amaltéia, Adamantéia, Kinosoure, Helike e Melisse).

Após a queda de Urano, Cronos subiu ao trono do mundo e libertou os irmãos. Mas vendo o quanto eram poderosos, também os temia e os aprisionou mais uma vez. Gaia, revoltada com o ato de tirania e intolerância do filho, tramou uma nova vingança.

Quando Cronos se casou com Reia e passou a reger todo o universo, Urano lhe anunciou que um de seus filhos o destronaria. Ele então passou a devorar cada recém nascido por conselhos do pai. Mas Gaia ajudou Reia a salvar o filho que viria a ser Zeus. Reia então, em vez de entregar seu filho para Cronos devorar entregou-lhe uma pedra, e escondeu seu filho em uma caverna.

Já adulto, Zeus declarou guerra ao pai e aos demais Titãs com a ajuda de Gaia. E durante cem anos nenhum dos lados chegava ao triunfo. Gaia então foi até Zeus e prometeu que ele venceria e se tornaria rei do universo se descesse ao Tártaro e libertasse os três Ciclopes e os três Hecatônquiros.

Ouvindo os conselhos de Gaia, Zeus venceu Cronos, com a ajuda dos filhos libertos da Terra e se tornou o novo soberano do Universo. Zeus realizou um acordo com os Hecatônquiros para que estes vigiassem os Titãs no fundo do Tártaro. Gaia pela terceira vez se revoltou e lançou mão de todas as suas armas para destronar Zeus.

Num primeiro momento, ela pariu os incontáveis Andróginos, seres com quatro pernas e quatro braços que se ligavam por meio da coluna terminado em duas cabeças, além de possuir os órgãos genitais femininos e masculinos. Os Andróginos surgiam do chão em todos os quadrantes e escalavam o Olimpo com a intenção de destruir Zeus, mas, por conselhos de sua tia, a Titânide Têmis, ele e os demais deuses deveriam acertar os Andróginos na coluna, de modo a dividi-los exatamente ao meio, podendo assim matá-los. Assim feito, Zeus venceu.

Em uma outra oportunidade, Gaia produziu uma planta que ao ser comida poderia dar imortalidade aos seus cinco filhos Gigantes; todavia a planta necessitava de luz para crescer. Mas ao saber disto Zeus ordenou que Hélio, Selene, Eos e as Estrelas não subissem ao céu, e escondido nos véus de Nix, ele encontrou a planta e a destruiu. Mesmo assim Gaia incitou os Gigantes a colocarem as montanhas umas sobre as outras na intenção de subir o céu e invadir o Olimpo.

Para ajudá-los, Gaia se uniu à seu irmão Tártaro e gerou uma nova raça de gigantes para destruir as divindades olimpianas. são eles Eurymedon, Porphyrio, Agrios, Damysos, Ephialtes do Aloadae, Eurytus, Gration, Hipólito, Leon, Otus do Aloadae, Pallas, Pelorus, Polibotes, Theodamas e Thoon. Esses Gigantes eram imortais, mas seriam mortos se fossem destruídos por deuses e um mortais lutando juntos. Assim, Zeus e os outros deuses venceram novamente, contando com a ajuda de seus filhos semideuses, como Hércules e Dionísio, que acabaram por se tornarem deuses.

Como última alternativa, enviou seu filho mais novo e o mais horrendo, Tifão, o pai de todos os monstros e gigante das tempestades, para dar cabo dos deuses e seus aliados, mas os deuses se uniram contra a terrível criatura e depois de uma terrível e sangrenta batalha, eles conseguem vencer o último filho de Gaia.



Enfim, Gaia cedeu e acordou com Zeus que jamais voltaria a tramar contra seu governo. Dessa forma, ela foi recebida como uma deusa Olímpica.

Os outros Filhos De Gaia


Também com Tártaro, Gaia teve Equidna, esposa de Tifão e Argos Panoptes, fiel servo de Hera.

Com seu filho Pontos teve Ceto, Euríbia, Fórcis, Nereu e Taumante, todos divindades pré-olimpicas marinhas.

Com seu filho Oceano teve Esperqueu, deus do rio de mesmo nome na Tessália; e Creusa, rainha das Astúrias.

Com seu neto Poseidon teve o gigante Anteu; e as ninfas Caríbidis e Cila, que foram transformadas por Zeus em Monstros Marinhos que guardavam a entrada do Mare Nostrum.

Com seu neto Hefesto teve Erictónio de Atenas.

Gaia teve três filhos que não tem registros paternos: o gigante Mimas (que muitas vezes é tido como filho do Tártaro); a deusa supervisora das notícias do mundo, Fama (entende-se por fofoqueira divina); e a serpente Píton, perseguidora de Leto, mãe de Apolo e Artemis.


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Grandes Autores: Rick Riordan



Saiba tudo sobre Rick Riordan, um dos maiores escritores da Literatura Fantástica, autor de personagens marcantes, como Percy Jackson, Jason Grace e Carter Kane


Richard Russell "Rick" Riordan, Jr. (San Antonio, Texas, 5 de junho de 1964), mais conhecido simplesmente como Tio Rick é um escritor norte-americano. Atualmente mora com a mulher e dois filhos em San Antonio, Texas. Durante quinze anos ensinou inglês e história em escolas públicas e particulares de São Francisco. Além dsa séries Percy Jackson e os Olimpianos, Os Heróis do Olimpo e As Crônicas dos Kane, publicou a premiada série de mistério para adultos Tres Navarre, além de ser criador da série The 39 Clues.

Riordan já é considerado pelos jovens leitores o maior escritor teen, Mesmo sendo acusado de copiar a história de Rowling, os fãs das sagas são muito unidos nessa "guerra" entre a melhor saga, e na maioria das vezes, os fãs, são os mesmos.

“Acho que crianças querem o mesmo que adultos quando se trata de um livro: uma história deritmo rápido, personagens dignos de nossa consideração, humor, surpresas e mistério”.
“Um bom livro leva você a sempre fazer perguntas e o mantém virando as páginas paraencontrar as respostas.”

Sobre Rick Riordan

Nacionalidade Norte-Americano
Data de nascimento 05 de junho de 1964 (49 anos)
Local de nascimento San Antonio, Texas,  Estados Unidos
Gênero(s) Literatura fantástica
Ocupação Escritor, ex-professor.
Obra(s) de destaque Percy Jackson
Página oficial http://www.rickriordan.com/

O desenvolvimento, tanto para O Ladrão de Raios quanto para a série como um todo, começou quando Riordan começou a fazer histórias para seu filho Haley, um semideus filho de Hécate que havia recentemente sido diagnosticado com TDAH e dislexia. Seu filho estava estudando mitologia grega, em segundo grau e pediu que seu pai escrevesse histórias de ninar baseadas em mitos gregos. Riordan tinha sido um professor de mitologia grega no ensino fundamental há muitos anos e foi capaz de lembrar-se de histórias o suficiente para agradar o filho.

“Fazer Percy com TDAH e disléxico foi minha maneira de honrar o potencial de todas as crianças que conheço nessa situação. Não é ruim ser diferente. Às vezes, ser diferente é a marca de ser muito, muito talentoso. E foi o que Percy descobriu sobre si mesmo em 'O ladrão de raios'".
 
Riordan
logo começou a escrever mitos sobre seu filho, em seguida, pediu-lhe que fizesse novos contos, dessa vez usando os mesmos personagens dos mitos gregos e adicionando novos. Assim, Riordan criou o personagem fictício Percy Jackson e fez a história de como ele iria viajar através dos Estados Unidos para recuperar o raio de Zeus.

Todas as noites, ele [seu filho] me pedia para contar histórias na hora de dormir dos mitos gregos.
E então, eu criei Percy Jackson. Ele tem TDAH e dislexia, e aprende que postas juntas, essas duas condições indicam, sem sombra de dúvida, que ele tem sangue olimpiano, como é dito antes de ele ser filho de Hécate.                                                                                                                                 Rick Riordian, Demigods and Monsters
Depois que ele terminou de contar a história para seu filho, ele então pediu que seu pai lhe escrevesse um livro baseado em aventuras de Percy.

Em junho de 1994, Riordan tinha completado seu manuscrito e começou a procurar agentes. Durante esse tempo, ele visitou várias faculdades locais à procura de bons editores até que ele finalmente encontrou um agente.

Enquanto ele deixou seu manuscrito com seu agente e editor para revisar, Riordan pediu para alunos do ensino fundamental lerem e darem a sua crítica. Finalmente, ele ganhou a sua aprovação, e com a ajuda dos alunos, surgiu o nome do livro. Em junho de 1997, Riordan assinou com a Bantam Books para preparar o livro para publicação. Em 2004, o livro foi vendido para a Miramax Books por dinheiro suficiente para Riordan deixar o emprego para se concentrar na escrita.

Depois que foi lançado em 28 de julho de 2005, vendeu mais de 1,2 milhões de cópias. O livro foi lançado em várias versões, incluindo edições de bolso, capa dura e áudio. Tem sido traduzido para vários idiomas e publicados em todo o mundo.

Obras de Rick Riordan

Percy Jackson e os Olimpianos
  • O Ladrão de Raios
  • O Mar de Monstros
  • A Maldição do Titã
  • A Batalha do Labirinto
  • O Último Olimpiano
  • Os Arquivos do Semideus — livro complementar
  • Guia Definitivo — livro complementar
As Crônicas dos Kane
  • A Pirâmide Vermelha
  • O Trono de Fogo
  • A Sombra da Serpente
  • Guia de Sobrevivência — livro complementar
Os Heróis do Olimpo
  • O Herói Perdido
  • O Filho de Neptuno
  • A Marca de Atena
  • A Casa de Hades
  • Os Diários do Semideus — livro complementar
  • Sangue do Olimpo lançamento em 2014
Rick Riordan é o criador da série The 39 Clues, no entanto, apenas o primeiro e o último livro da série foram escritos por Riordan, sendo que ela é composta pelos seguintes livros:
  • O Labirinto dos Ossos — escrito por Rick Riordan
  • Uma Nota Errada
  • O Ladrão de Espadas
  • Além do Túmulo
  • O Círculo Negro
  • Nas Profundezas
  • O Ninho de Cobras
  • O Código do Imperador
  • Alerta de Tempestade
  • O Último Desafio
  • Ascensão dos Vespers
Três Navarre
  • Tequila Vermelha
  • Etapa: Mundinho de Dois
  • O Último Rei do Texas
  • O Diabo desceu a Austin
  • Southtown
  • Estrada de Missão
  • Ilha Rebelde
Cold Springs é o único livro de Rick Riordan que não virou série. Assim como a série Tres Navarre, é um livro adulto de mistério.

Pode ser que você goste de:





terça-feira, 22 de outubro de 2013

Sinopse de Wereworld - A Sombra do Gavião

Wereworld é uma saga surpreendente, que conta a história de Drew Ferran, um Wolflord, herdeiro do trono de Westland. Junto com seus aliados, ele combate os Catlords e seus comparças pelo direito ao trono.

Sinopse de Wereworld - A Sombra do Gavião

A guerra na Lyssia contra os invasores de Bast continua. Drew Ferran, o último dos Lobos cinzentos e herdeiro do trono da Westland, é vendido como escravo e levado para Scoria, onde é transformado em um gladiador e obrigado a lutar pela própria vida na Fornalha, o coliseu local.







Enquanto isso, o que restou de seu Conselho Lupino depois da derrota em Highcliff — entre eles o barão Hector e o duque Manfred — foge dos inimigos no navio Turbilhão e parte em busca de aliados, antes que seja tarde demais. Ao mesmo tempo, Marc Ferran, irmão de Drew, marcha pelo continente com a Guarda Leonina atrás do Lobo, deixando atrás de si um rastro de destruição.

É quando começam as reviravoltas: ao lado de seus companheiros gladiadores, entre eles Hawklord Gryffin, Drew lidera uma rebelião na Fornalha e parte rumo à Lyssia; em sua incursão pelo continente, Marc começa a questionar sua lealdade aos Catlords; e, em alto-mar, o magíster Hector aprofunda cada vez mais seu contato com a magia negra.

Este terceiro livro da série “Wereworld”, A Sombra do Gavião, apresenta ainda mais ação, personagens extraordinários e luta épica entre o bem e o mal.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A Filha do Tempo - Capítulo 2 - Em casa | Parte 3

Para ler a parte 1 deste capítulo de A Filha do tempo clique aqui. Para ler a parte 2, clique aqui.

 

Acordei com a Pri gritando na minha orelha e me sacudindo.

- Déeeeeeeeeeeeeeee! Déeeeeeeeeeeee!

- Ah!!!!! Sai de cima de mim, sua louca!

Ela riu que nem doida e continuou me sacudindo. Enquanto não sentei e joguei meu travesseiro na cara dela, sinal de que estava bem acordada, ela não parou.


- Que que você ta fazendo aqui essa hora? Por que não ta na escola?


Ela olhou pra mim com cara de “dã” e apontou pro seu relógio de pulso com o indicador.


- Que horas você pensa que é? São cinco e meia.


Olhei pra ela assustada e peguei meu celular em baixo do travesseiro. A magrela tava certa, eram mesmo cinco e meia. Eu passei o dia inteiro dormindo.


- Eu...


- Você dormiu o dia inteiro, bem. Mas esquenta não. O pai disse que tentou te acordar, mas você não abria os olhos nem com reza brava, então, achou melhor você dormir pra ver se acordava melhor.


Eu me espreguicei, dando um baita bocejo. Ainda estava com a roupa que fui no médico.


- Bom – eu disse, - vamos tomar café?


Ela me olhou com cara de quem tava aprontando alguma. Conheço minha irmã. Fiquei um tempo esperando ela me dizer alguma coisa. Como não disse nada, e ficava com aquela cara de pamonha, não agüentei. Sou super curiosa.
- Tá, tá! Fala logo. O que foi?


- Acho melhor você ir lavar o rosto.


- Por quê?


- Por que acho que você não vai querer encontrar o Rod assim, com a cara toda achatada.


Senti meus olhos se arregalando e minha boca abrindo. Parecia que meu peito ia explodir. Não... O Rod não podia estar...


- Lá embaixo - disse a Pri, como se lesse minha mente, - com o pai. Se eu fosse você, não deixava ele muito tempo esperando... Foi maior difícil convencer ele a vir, e se você não descer, ele pode ir embora e...


Antes que ela terminasse, joguei meu último travesseiro do estoque na cara dela e corri pro banheiro. Precisava passar pelo menos um creme anti-olheira e um lápis no olho. Será que dava tempo de passar um blush?


- Deb!


Ai droga, era o meu pai gritando lá de baixo. Isso significava que a paciência dele tava acabando. Ele odeia ficar fazendo sala pros nossos amigos, principalmente quando era um menino amigo da Pri, ou meu. Mais principalmente ainda quando era o Rod.


Não que ele não gostasse do Rod, mas meu acho que meu pai conseguia entender o que eu sentia pelo cego do garoto bem mais do que ele. O Rod é... desligado, quando o assunto é relacionamento entre um menino e uma menina. E eu não ia ficar me fazendo de fácil por causa dele. Até porque, eu achava que ele também gostava de mim. Mas sinceramente, como era tapadinho.


- Deb! O menino ta esperando!


- Já vou!


Como meu pai era delicado...


Acabei passando só o creme anti olheira e o rímel. Escovei os dentes, pentei o cabelo e desci. A Pri já estava na cozinha, matracando sem parar com meu pai. Com certeza, tava tentando fazer com que meu pai deixasse a gente um pouco mais a vontade, coisa que ele não era muito a favor de fazer.


Quando eu desci,ele me olhou de cara feia e continuou conversando com a Pri. Se bem que não era uma conversa, estava mais para um monólogo.


- Oi Deb.


Virei na direção da sala e ele estava lá, em pé, me esperando.


- Oi Rod, tudo bem?


- Comigo? Sim, está tudo bem. Quero saber como você está, senhorita.


O Rod é um cara muito, mas muito legal. Ele é moreno, bem moreninho mesmo. Tem a cabeça raspada e lindos olhos negros. É praticamente da minha altura, um metro e sessenta, acho. Estava vestido com sua camiseta dos Thundercats preta(ele adora esses negócios de desenhos animados e hq’s), calça jeans preta e tênis preto (é, eu sei, ele praticamente só tem roupa preta). Nas mãos estava seu Iphone. Com certeza, ou ele estava lendo um livro (ele adora ler, tempo todo) ou jogando MAA (Marvel Avengers Alliance, jogo online dos Vingadores. Até comecei a jogar por causa dele, e acabei viciando).


- Senta ai – eu disse pra ele, sentando no outro sofá. Não ia arriscar o sr. Machado dando chilique, né?


Ele sentou, e ficou me olhando, com um sorriso nos lábios. Até que seu sorriso desapareceu.


- Deb... sério. Você tá legal? Fiquei super preocupado ontem. Tentei ficar lá, entrar na enfermaria, mas a Angélica me disse pra ir pra casa. E depois – ele disse abaixando o tom e olhando desconfiado pra cozinha, - eu não sabia se seu pai ia gostar de me ver lá. Acho que ele não vai muito com a minha cara, sei lá porque.


Eu tive que segurar pra não rir na cara dele, porque ele era o único ser no mundo que não sabia porque meu pai não gostava dele.


- Bobagem – eu disse. Estava na hora de mudar de assunto. – Agora eu estou bem. Só um pouco confusa ainda, mas vai passar. Não entendi muito bem o que aconteceu, mas, agora acho que to bem.


Não queria tocar no assunto da Bia, que a Angélica afirmou não existir. Eu tinha te me esquecido de comentar isso com a Pri, mas não ia dar mancada para o Rod me achar doida. No final, ele facilitou minha vida.


- Olha Deb.... Eu vim aqui te ver, por que estava preocupado com você – ele sorriu, meio sem graça, o que eu amei. – Mas também tem outro assunto que gostaria de tratar com você, antes que eu acabe ficando louco.


Meu coração acelerou. Será que ele ia... Não, não ia. Pela cara dele, ele estava falando de algo mais complicado (infelizmente). Parecia que ele estava realmente com medo de alguma coisa.


- Pode falar Rod. Seu eu puder te ajudar de alguma maneira...


Ele respirou fundo, antes de dizer.


- Todos na escola afirmam que você caiu e bateu a cabeça na sala de aula, na aula de química do professor Tiburço.


Ele esperou para que eu pensasse no que ele tinha dito.


- Certo.


- Então – continuou, - eu não quis falar nada a respeito porque não queria parecer idiota, mas...


- Fala logo.


- Eu não lembro disso acontecendo.


Eu olhei pra ele por alguns instantes. Será que ele...


- Eu me lembro – ele recomeçou, antes que perdesse a coragem – de você sendo chamada pelo sr. João e indo pra diretoria, não pra falar com a tal de Dulcinéia que ta todo mundo afirmando ser a diretora e tratando como se ela estivesse lá desde o começo do ano. Quem chamou você foi a Bia, que sempre foi a diretora da escola, pelo menos na minha cabeça. Então Deb, por favor, alguma coisa do que eu disse faz sentido pra você?


Estava sem fala. Tentei esconder o dia inteiro que a história da Angélica não fazia sentido, e me vem o Rod e fala que também lembra das coisas exatamente como eu.


- Rod...


- Por favor, Deb. Se estou ficando louco é só dizer.


Respirei fundo, e quando ia contar pra ele, minha mãe entrou em casa pela porta da sala.


- Filha.


Ela veio em minha direção e me abraçou forte. Só então notou o Rod no outro sofá. Ela sorriu pra ele e depois piscou pra mim, no que ela achou ser uma atitude bem discreta, que infelizmente o Rod viu. Ele não tinha onde enfiar a cara, nem eu.


- Rod, que bom ver você aqui.


- Boa noite, dona Ruth. Como vai a senhora?


- Vou bem, graças a Deus. Fica pra janta?


- Bem, acho...


- Ruth! Demorou pra chegar.


Meu pai entrava na sala, com a Pri, o André e a Carol atrás. Minhas irmãs estavam cochichando e rindo, enquanto meu pai e o André estavam estufando o peito, numa típica atitude de machos dominantes da manada. Eu queria entrar dentro de uma caixinha de fósforo e explodir.


- Ora amor – disse minha mãe, rindo da cena, que estava patética, - passei no mercado pra comprar mistura. Você sabe que eu sempre passo no mercado depois do serviço.


- Humpf... Agora terei que ir trabalhar de carro.


Na verdade, meu pai já devia ter ido faz uma meia hora. Mas pelo que conheço dele, estava esperando o Rod ir embora ou minha mãe chegar. Ele se contentaria mais com a primeira opção, mas a segunda já dava pro gasto.


- Estou indo então – deu uma olhada pro Rod. – Quer uma carona pra casa? Vou passar lá perto, pra deixar o André no curso de informática.


Antes que o Rod pudesse abrir a boca e dizer que morava dois quarteirões acima da nossa casa e que não precisasse de carona, minha mãe salvou a noite.


- Gentileza sua, querido. Mas eu convidei o Rod pra jantar conosco. Já até mandei uma mensagem de texto pro celular da Helena avisando. Podem ir amores – disse, dando um beijo de despedida no meu pai e no André. – André, depois do curso de volta pra casa.


- Ah! Mãe, qualé!


- Sem qualé! Acabando o curso, direto pra casa.


Meu irmão saiu resmungando. Minhas irmãs e eu beijamos meu pai, nos despedindo. Ele olhou de cara feia para o Rod outra vez, que acenou com a mão um tchau e foi embora. Assim que o carro saiu, minha mãe chamou a Pri pra ajudá-la com a janta.


Infelizmente, a Carol ficou, e não dava pra continuarmos a conversa. Ela pediu pro Rod brincar com ela de boneca, e ele aceitou prontamente. Fiquei ali, rindo enquanto ele era o Kent, que tinha que pedir a Barbie em casamento.


- Eu vou ver se minha mãe precisa de ajuda.


- Tudo bem – dele disse sorrindo. – Enquanto isso, vou construir uma casa aqui e...


- A casa já vem pronta – cortou a Carol, e o Rod ficou com cara de tchongo. - Você tem certeza que nunca ouviu falar da cidade da Barbie? É o melhor brinquedo do mundo e...


A Carolzinha é terrível. Agora que ela tinha pego alguém com disposição para ouvir,com certeza ela iria contar ao Rod toda a história da Cidade da Barbie. Olhei para ele, que estava com cara de “não estou entendendo nada”. Eu ri e fui pra cozinha. Como a Pri tava lavando a louça, fui ajudar minha mãe a cortar os legumes.


Ela olhou pra mim, sorriu e deu uma esticada no pescoço pra ver o Rod e a Carol brincando.


- Sabe filha, é preciso ser muito homem pra brincar de casinha com uma menina.


- Eu também acho, mãe – disse retribuindo o sorriso.


- Ele é um menino – continuou minha mãe. – Vai ser um pai cuidadoso. Da pra ver só pelo jeito que ele trata a Carolzinha.


Fiquei olhando para os dois brincando na sala. A Carol tava imitando minha mãe, quando ela fica brava com meu pai, porque o Rod não tinha comprado alguma coisa que ela queria, no mercado de mentirinha. Ele ria a bessa, e pensei que talvez fosse hora de parar de dar uma de difícil.


- Ele será um bom namorado – disse minha mãe, olhando para os legumes que estava cortando.


Olhei outra vez pra ele, e quase falei pra minha mãe que eu não tinha duvida disso.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

"A Casa de Hades": simplesmente de mais! - Resenha parte 1


Simplesmente o melhor livro lançado em 2013 até o momento - "A Casa de Hades" de Rick Riordan, da série os "Heróis do Olimpo"

Assim como fiz com O Herói Perdido, irei dividir esta resenha em partes. Nem sei se isso é permitido, mas são 478 páginas de história (fora o glossário), e este livro merece uma atenção especial.

Em A Casa de Hades, cada  um dos sete semideuses da profecia narra relatos sobre suas aventuras, alternando-se entre a viagem de Jason, Piper, Léo, Frank, Hazel, Nico e o treinador Hedge até A Casa de Hades, para fechar as Portas da Morte pelo lado de fora, enquanto Percy e Annabeth tentam desesperadamente chegar nelas por dentro do Tártaro.

Durante o caminho, eles encontram ajuda onde jamais pensariam em procurá-la. Cada um deles se vê confrontado por uma parte da Profecia dos Sete, enquanto vão ganhando coragem e confiança para enfrentar os exércitos de Gaia.



Resenha de "A Casa de Hades" - Os Heróis do Olimpo

PS: Contém Spoilers

Enquanto estão sobre ataque dos numina, os deuses da montanha, Léo, Hazel e Nico procuram desesperadamente uma rota para chegar as Portas da Morte, Hazel pede ajuda a seu pai, Plutão, que envia Arion, o cavalo mais rápido do mundo e grande amigo dela. Ao chegar, Arion leva Hazel até uma estranha tempestade negra.

Hazel se vê em uma encruzilhada, junto com Hécate, deusa da magia. Ela mostra três caminhos em três portões para a semideusa, e explica que são escolhas. Hazel terá que optar por uma delas.

No portão oeste ela viu os semideuses gregos e romanos em uma sangrenta batalha, com vários mortos espalhados pelo chão; no portão leste ela viu o Argo II, barco que eles viajavam, tombar sobre os montes Apeninos, destruído e em chamas; no portão norte ela viu Léo caindo entre as nuvens, Frank cambaleando sozinho em um túnel, com o braço ensanguentado e ela em uma caverna iluminada por fios de luz, onde ela tentava desesperadamente chegar até Percy e Annabeth, que estavam deitados em frente a duas portas de metal preto e prata.

Incapaz de aceitar qualquer uma das alternativas do futuro mostrados por Hécate, Hazel consegue que a deusa mostre uma terceira e perigosa opção, mas a única que tem um mínimo de chance de sairem bem sucedidos. Eles terão que rumar por uma passagem secreta nos Apeninos, um lugar sob o controle de Hécate. Chegarão a Bolonha e depois irão para Veneza. A partir dali, devem navegar pelo mar Adriático até Épiro, na Grécia, onde ficam as portas da morte.

A deusa explica que Hazel enfrentará dois grandes inimigos quando chegar ao seu destino, e a única maneira de destruí-los é usando magia, aprendendo a controlar a Névoa. Quando Hécate se vai, Hazel volta para o Argo II com Arion e explica o que aconteceu para Léo e Nico. Eles traçam o destino mostrado por Hécate, rumo a Bolonha na Italia.


Guia Mitológico: Caos, o primeiro deus

Caos é, segundo Hesíodo, a primeira divindade a surgir no universo, portanto a mais velha das formas de consciência divina. A natureza divina de Caos é de difícil entendimento, devido às mudanças que a ideia de "caos" sofreu com o passar das épocas.

Seu nome deriva do verbo grego χαίνω, que significa "separar, ser amplo", significando o espaço vazio primordial.

Caos Primordial

O poeta romano Ovídio foi o primeiro a atribuir a noção de desordem e confusão à divindade Caos. Todavia, Caos seria para os gregos o contrário de Eros. Tanto Caos como os seus irmãos são forças geradoras do universo. Caos parece ser uma força catabólica, que gera por meio da cisão, assim como os organismos mais primitivos estudados pela biologia. Enquanto Eros é uma força de junção e união. Caos significa algo como "corte", "rachadura", "cisão" ou ainda "separação".

Caos - deus primordial, o primeiro deus

Representava a desordem inicial do mundo. Segundo a cosmogênese narrada no mito, com o surgimento de Eros começou a haver alguma ordem. Caos representava, ao mesmo tempo, uma forma indefinida e desorganizada, onde todos os elementos encontravam-se dispersos, e uma divindade rudimentar capaz de gerar.


Os Filhos do Caos

"No princípio era o Caos e sua força infinita, que consumia o Nada em sua própria indefinição. No choque das forças contínuas, espetaculares e inimagináveis, Aion produzia na eternidade o colosso que nem deuses nem mortais jamais testemunharam nos primórdios, e o vazio estava mergulhado em uma profunda desordem. O tempo, ainda, não existia; os seres etéreos também não existiam e tampouco os homens. O Caos reinava absoluto no vácuo e sua natureza rudimentar denunciava o princípio da existência imersa em todos os seres que dele adviriam. Por ser uma divindade solitária dos tempos imemoriais, o Caos, em sua dinâmica avassaladora e terrífica, gerou o primeiro dos seres: Nix, a Noite."

                                                                                             João R. de S. Ribeiro - Littera Plus
 
Os filhos de Caos nasceram de cisões assim como se reproduzem os seres unicelulares. Nyx (Noite) e Érebus (Escuridão) nasceram a partir de "pedaços" do Caos. E do mesmo modo, os filhos de Nyx nasceram de "pedaços" seus; como afirma Hesíodo: sem a união sexual. Portanto a família de Caos se origina de forma assexuada.

 Nix - deusa primordial da noite

Érebo - deus primordial da escuridão

Se Caos gera através da separação e distinção dos elementos, e Eros através da união ou fusão destes, parece mais lógico que a ideia de confusão e de indistinção elemental pertença a Eros. Eros age de tal modo sobre os elementos do Mundo, que poderia fundi-los numa confusão inexorável. Assim, seu irmão Anteros equilibra sua força unificadora através da repulsa do elementos.

Caos é, então, uma força antiga e obscura que manifesta a vida por meio da cisão dos elementos. Caos parece ser um deus andrógino, trazendo em si tanto o masculino como o feminino. Esta é uma característica comum a todos os deuses primogênitos de várias mitologias.

É frequente, devido à divulgação das ideias de Ovídio, considerar Caos como uma força sem forma ou aparência. Isso não é de todo uma inverdade. Na pré-história grega, tanto Caos como Eros eram representados como forças sem forma. Eros era representado por uma pedra.

Outra problemática é considerar Caos como o pai-mãe de Gaia, Tártaro e Eros, quando é somente genitor de Nix e Érebo. Na verdade ele seria "irmão-irmã" de Gaia, Tártaro e Eros.
Segundo o poeta romano Higino, Caos seria masculino e possuiria uma contraparte feminina chamada Calígena "a Névoa primordial".

 Calígena - deusa primordial da névoa

O deus Caos no mito
 
No mito de Caos, a desordem uniu-se à noite para criar o destino, que dizem ser cego, sem visão física mas com visão espiritual. O destino não sabe o que está em sua frente, mas sabe o que vem pela frente. Deus primordial, o Caos está na vida das pessoas que se esquecem de viver bem o presente para criar melhor o seu futuro.

Caos, junto com sua filha Nix, teria gerado as Moiras, deusas do Destino, cego a todos os mortais e deuses imortais.

* Cloto, em grego significa fiar, segurava o fuso e tecia o fio da vida, atuava como deusa dos nascimentos e partos.
* Láquesis sorteava o quinhão de atribuições que se ganhava em vida. Láquesis, em grego significa sortear, puxava e enrolava o fio tecido.
* Átropos, em grego significa afastar, ela cortava o fio da vida, determinava o fim da vida e jamais retrocedia depois de uma decisão.

Na mitologia grega, destino são as Moiras que, na roda da fortuna, teciam a sorte dos homens e deuses, e a cortava quando bem entendesse. Nem mesmo o todo poderoso Zeus podia ir contra elas, pois qualquer coisa que fizesse alteraria de modo definitivo a sorte de todo universo.

* Fonte de "O deus Caos no mundo": Mitologia Grega - Caos o deus da desordem, por Lucia





 

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